sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Um encontro de amor... verdadeiro (Djavan - Marisa Monte - Adriana Calcanhoto - Roupa Nova - Cássia Éller - Zé Ramalho - Tiê (a noite) - Kid Abelha)

Desce sua mão suave sobre a face dela. Pele macia tal qual a dela.Naquele estado de pureza e beleza singela. Tal era ela, estava ela ali presente de corpo, de alma, de todas as formas que poderia estar.
Verbo de amar, ato de estar. Assim estava ela junto à ele. E ele junto a mim. Do toque suave ao olhar profundo. Êxtase. Que prazer maior o de você penetrar-me a alma. Único, não só o momento, mas você na minha vida.
Já tivera outros homens em sua vida, mas nada que se pudesse comparar com o que se passava naquele exato instante. Quem diria que conhecera aquele homem a poucas horas, era como se o tivesse conhecido por toda a vida. Ainda que algumas preocupações lhe cortassem os pensamentos, a força que a impelia naquele momento era infinitamente maior. E certamente impelia a ele também.
Na semi luz que pairava no ambiente em que estavam, podia ver o brilho que dos olhos dele faiscavam. Bolas de fogo, assim os via. Não havia tempo para questionar, o quê e o por quê de tudo aquilo, daquele encontro. Apenas estavam ali e isto era tudo.
Sempre com gestos suaves apesar de seus olhos denunciarem uma auspiciosa energia selvagem. Tomou-a entre as mãos e agora era nos olhos dela que ele permanecia. Como se estivesse a observar a um abismo. Eis como ele a despia apenas com a força de seu olhar. Sentia-se nua frente à ele.
Ali perceberam que não poderiam usar máscara alguma. Eram puros, verdadeiros, completamente presentes em seu ato de existir. E ainda que a situação tivesse se desenvolvido na mais inusitada das situações, tudo aquilo era de fato real. Ambos estavam nus, não fisicamente mas na forma mais perfeita de suas almas.
Encostou-a na parede da sala e com a suavidade oposta do que seus olhos demonstravam, com as mãos em sua face beijou-a profundamente. Aquilo de forma alguma era apenas um beijo, era sim uma entrega total e completa de suas almas, seus corações que de alguma forma já se conheciam e agora se reencontravam.
Entregaram-se profundamente ao toque suave de seus lábios naquele beijo incrivelmente arrebatador. Suas almas regozijavam-se em imenso prazer ao encontro dos lábios que se previam macios.
A blusa branca de tecido fino pendia por seu ombro mostrando delicadamente a alça do sutiã. Sentia-se extremamente mulher - com todas as nuances que isso envolve - como se estivesse sendo banhada e inundada pela energia do sagrado feminino, o qual tanto ouvira dizer, mas que até aquele momento ainda não sabia ao certo o que isto significava. Pois bem, melhor que qualquer teoria era a prática, mostrando-se ao vivo e a cores.
(cont.)

Almas complexas

Tão complexas, alma minha, almas nossas.
Quem pode delimitar a extensão do que realmente somos.
Quem poderá nos ater por completamente completo e por inteiro?
Quem poderá nos conhecer em essências tão profundas?
Nobody.
Exceto uma. Aquela. Alma tão imprescindível. Para tão maculada existência perpétua.
Em expressões complexas de si mesmo. Decifrando-nos, em códigos cósmicos. Torpor.
E no cosmos que se nos revela, continuam os seus astros a implodir e explodir em suas estruturas físicas, mas quem sabe talvez, para que de fato pudessem fundir-se em alma no ato final.
O sentido de tudo. A transformação profunda. A verdadeira Alquimia.
O elixir, não só da longa, mas da eterna vida.
Até que almas se encontrem. E terminem os bailes de máscaras.
I´m here. 




Prosa poética - Viva Raul... Seixas!

É assim que desce a noite. Bailando no ar palavras, enevoadas, ritmadas de Raul.
Delícia flutuar pelo ar, pelo tempo, pelas memórias que na inspiração do momento retornam.
Instante mágico! Pois junte seu coração ao meu. Sinta o cheiro da noite que entra janela adentro. Frescor. Sabor. Amor... e em se amando, amando por aquilo que se tem eterno.
Sinta-se. Sinta-me. Degusta-me. Deguste-se.
Em momento em que se refinam as energias. Abrem-se novos horizontes, ainda que estes estejam em "algum lugar do passado", ou quem sabe presentes nas realidades paralelas de nossas existências.
Quem poderá de fato identificar o que é o momento presente? Ou onde estou neste momento?
Onde você está? Onde eu estou?
O que é o presente? O que é o passado?
Quem sou ou o que fui? Quem tu és ou quem tu foste?
Na comunhão divina de nossas almas, tudo jaz, tudo foi, tudo é. Que pode haver fora disso?

Não se enganem os homens. Permitem-se sentir a brisa fresca dessa nova existência, na imensidão do seu existir. Ali estou, no fogo, na terra e no ar. Se estou em ti, ti está em mim. Se somos do início, do fim e do meio, seremos também da eternidade. Para os iniciados a matéria não é o limite, pois aqui ela transcende, transporta, migra se assim desejar a sua vontade.
Então, que pode haver de impossível no mundo? Nothing.
Do you believe in this words?
Daqui`, o mundo transcender podemos. Às estrelas podemos. Beijar podemos. Flutuar podemos.
Porque neste reino tudo o que existe ou pode existir é vontade de querer, a vontade de fazer, a vontade de amar se esse for o caso.
Transcendência. Its everything.
I am. You are.
We are everything!!