quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Bosque sombrio

À pálida luz negra daquele bosque sombrio, estava eu
Tão só, tão friamente despida de maiores emoções
Ainda que algumas lembranças lhe cruzassem rapidamente
Sua mente flutuante já não era capaz de apegar-se a nenhuma delas
O mistério lhe rondava
E os corvos também
Estava enganada, não estava tão só como a pouco imaginara
Estava rodeada pela vida que habitava e emanava daquele bosque
E que mesmo sombrio, ainda assim estava mais vivo do que nunca
Pulsante, vibrante... mesmo que em 50 tons de cinza
Mas ainda assim estava vivo!
E eu também estava
Ainda que aparentasse a sombra de um fantasma
Ainda que por fora estivesse sem cor
Mas sabia que em algum lugar
Deveras existir um pote de tinta!
Que lhe trouxesse suas cores novamente
E quem sabe também pudesse pintar o vale a sua volta,
Resgatando novamente suas cores, seus aromas, sua luz
Mas por enquanto apreciemos todos os tons de cinza
Que circundeiam o vale sombrio de nossas vidas e de nossas almas.




publicado em 31 de dezembro de 2012

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