sábado, 3 de novembro de 2018

Vencido

Sentou-se a beira da sarjeta
Vencido estava
Perante os desafios que a
Vida cuidadosamente
Colocara em sua vida
E que certamente,
Conquestamente
Fora bem pleiteado
Nos tempos de outrora
Resultado de sua
Própria imperfeição!
Mas ali estava
Cansado,
Desolado,
Pela luta que teimava
Em se arrastar
Conquestamente
Pelo tempo

Era um homem.

O sentido da vida

Dia que amanhece
Dia que anoitece
E no final

Qual era o sentido da vida?!

Eis o dia que amanhece
Eis o dia que anoitece
Eias a vida que acontece

E eu?
E você?

O corpo


O corpo
Morada da alma
Manifestação divina
Na matéria

Mas uma coisa é certa
Um corpo é sempre
Muito mais que um corpo

É templo
De beleza
De luz

É onde fulgura
A dor e o amor
É o regozijo da alma

O corpo
Templo sagrado de prazer
Templo sagrado da vida

Saibamos sempre que um corpo
Será eternamente
Muito mais que um corpo!



sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Doce Primavera... da santa in.... iciação!

Santa
Bela
Exuberante

Primavera!

Que em meus dias
Desabrochas
sem igual

Santa
Bela
Exultante

Primavera!

Que nesses dias
Me adoças
sem igual

Santa Primavera!

Exuberante...

Exultante...

Sem igual...

Santa!

As frases da minha vida

"Quanto tempo se faz necessário para se reconstruir um instante?"

(Nosso Lar)

As frases da minha vida

"Não confias na Sabedoria do Universo?!"

(2012 - Gustavo)

As frases da minha vida

"Dê o melhor de si e depois veja o resultado"

(1996 - André)

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Anjo

Tem gente que é feito
Anjo na vida da gente
Que faz a gente sorrir
Pelo simples fato de existir

Tem gente que é feito
Anjo na vida da gente
Que faz a gente dançar
Com a canção de seu coração

Tem gente que é feito
Anjo na vida da gente
Que ensina a gente a sonhar
Que ensina a gente a amar

Tem gente que é feito
Anjo na vida da gente
Que faz a gente voar...
Que faz a gente se inspirar...

A escrever... escrever... e escrever...

A vida de um homem

A vida de um homem
É luta constante
E não obstante
Não foge ele à sua dor

A vida de um homem
Não é uma luta inglória
Pois a dor e o tremor
Faz dele um vencedor

A vida de um homem
É luta constante...
E não obstante...

Através do amor
Torna-o um vencedor

terça-feira, 8 de maio de 2018

Angela Morgan - When nature a man

Quando a Natureza quer fazer um Homem


Quando a Natureza quer provar um Homem,
E experimentá-lo.
Quando a Natureza quer formar um Homem
para desempenhar o papel mais nobre;
Quando se empenha de todo o seu coração
Para criar um Homem tão grande e tão digno
Que todo o mundo dele se orgulhe...
Observemos os seus métodos e os seus meios;
Com que impiedade aperfeiçoa
Aquele que elegeu.
Como o ataca e como o fere,
E com que golpes violentos
Leva-o a moldes que apenas Ela entende.
Enquanto ele clama na sua tortura e ergue as mãos suplicantes!
Como a Natureza curva, mas sem destruir,
Como procura o seu bem
Como trabalha aquele que elege!
Modela-o por todos os fins;
Por todas as artes o induz
A mostrar o seu esplendor.
A Natureza sabe o que faz!

Quando a Natureza quer fazer um Homem,
Despertar um Homem,
Para cumprir a vontade do futuro,
Quando procura com toda a sua arte,
E se esforça com toda a sua alma,
Para cria-lo grande e completo...
Com que astúcia o prepara,
Como o atormenta e jamais o poupa,
Como o exaspera e o aflige,
Como o faz nascer na pobreza...
Quantas vezes desaponta
Aquele que sagrou
Com a prudência o oculta,
Como o torna obscuro,
Conquanto o seu gênio soluce de humilhado, e seu orgulho jamais esqueça!
Mando-o lutar mais arduamente ainda.
Isola-o,
De modo que lhe cheguem apenas
As altas mensagens de Deus.
De modo a poder ensinar-lhe
O que a Hierarquia planejou.
Conquanto ele não compreenda,
Dá-lhe paixões a dominar;
Com que impiedade o esporeia,
Com que tremendo ardor o instiga
Quando o elege cruelmente!

Quando a Natureza quer dar nome a um Homem,
Dar-lhe fama,
E domá-lo;
Quando a Natureza deseja dar-lhe brio,
Para fazer o melhor que pode...
Quando realiza a mais elevada prova,
Quando deseja um deus ou um rei,
Como o domina, como o restringe,
De modo que ele mal se contém
Quando ela o instiga e inspira!
Conserva-o desejando, sempre ardendo por um objetivo inatingível...
Castiga e lacera a sua alma.
Lança um desafio ao seu espírito,
Ergue-o quando ele se aproxima:
Faz uma selva para que ele a desbrave;
Faz um deserto para que ele o tema,
E o vença, se puder...
Assim faz a Natureza um Homem.
Então, para provar a sua paciência,
Atira uma montanha em seu caminho...
Põe-no num dilema
E olhando-o impiedosamente:
"Sobe ou morre!" diz-lhe ela...
Observemos o seu propósito, os seus meios!

A Natureza tem um plano maravilhoso,
Pudéssemos nós entende-la...
Loucos são os que a chamaram de cega!
Quando o eleito tem os pés feridos e sangrando,
O seu espírito paira nas alturas,
E com seu alto poder rapidamente
Abre novos caminhos magníficos;
Quando essa força divina
O desafia a cada fracasso e o seu ardor ainda é o mesmo
E o amor e a esperança ardem em presença da derrota...

Oh! A crise, o clamor!
Que apelam por um líder,
Quando um povo precisa ser salvo,
E então que ele surge como um guia,
E que o seu plano a Natureza mostra
E que o mundo encontra um HOMEM!

(Um dos poemas mais belos que já li! - Um poema pra edificar a alma...)

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Álvares de Azevedo II

Lembrança de morrer

“Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente.E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro- Como as horas de um longo pesadelo  
Que se desfaz ao dobre de um sineiro.                        
(...)
Só levo uma saudade – é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!                      
(...)
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!                     
(...)
Beijarei a verdade santa e nua,Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitárioNa floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:-    Foi poeta – sonhou – e amou na vida.”

(Um dos poemas que mais gosto)

Álvares de Azevedo

"Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!" 

" Quando falo contigo, no meu peito
esquece-me esta dor que me consome:
Talvez corre o prazer nas fibras d'alma:
E eu ouso ainda murmurar teu nome!" (Lira dos Vinte Anos) 

"Pois bem, dir-vos-ei uma história. Mas quanto a essa, podeis tremer a gosto, podeis suar a frio da fronte grossas bagas de terror. Não é um conto, é uma lembrança do passado." (Noite na Taverna) 

"A mulher recuava... Recuava. O moço tomou-a nos braços, pregou os lábios nos dela... Ela deu um grito, e caiu-lhe das mãos. Era horrível de ver-se. O moço tomou o punhal, fechou os olhos, apertou-os no peito, e caiu sobre ela. Dois gemidos sufocaram-se no estrondo do baque de um corpo..." (Noite na Taverna) 

"Mais claro que o dia. Se chamas o amor a troca de duas temperaturas, o aperto de dois sexos, a convulsão de dois peitos que arquejam, o beijo de duas bocas que tremem, de duas vidas que se fundem tenho amado muito e sempre! Se chamas o amor o sentimento casto e poro que faz cismar o pensativo, que faz chorar o amante na relva onde passou a beleza, que adivinha o perfume dela na brisa, que pergunta às aves, à manhã, à noite, às harmonias da música, que melodia é mais doce que sua voz, e ao seu coração, que formosura há mais divina que a dela-eu nunca amei. Ainda não achei uma mulher assim. Entre um charuto e uma chávena de café lembro-me às vezes de alguma forma divina, morena, branca, loira, de cabelos castanhos ou negros. Tenho-as visto que fazem empalidecer-e meu peito parece sufocar meus lábios se gelam, minha mão se esfria..." (Macário) 

"Esse amor foi uma desgraça. Foi uma sina terrível. Ó meu pai! ó minha segunda mãe! Ó meus anjos! Meu céu! Minhas campinas! É tão triste morrer!" (Macário)

(Poesias que gosto muito)

sábado, 21 de abril de 2018

Algumas elucidações

Sempre tive o hábito de achar-me transparente nas coisas que escrevo, que penso, que sou.
Não obstante, percebi e percebo que não sou transparente, não no sentido de não ser verdadeira, mas no sentido de que sempre penso que as pessoas estão conseguindo ver meu interior.
De repente, tudo dentro de mim se faz tão claro, mas quando projeto ao exterior - à escrita - essas coisas ficam sujeitas às interpretações de quem as lê. Por isso me pergunto se das coisas que já escrevi, você as entendeu perfeitamente, tal qual na ordem em que se apresentavam em meu espírito. Será que de alguma forma me interpretaste erroneamente em minhas palavras escritas?!

Por isso surgiu-me a ideia de interpretar-me a mim mesma em alguns versos e poemas aqui publicados. Apenas uma elucidação, que talvez, possa trazer melhores entendimentos a respeito do que naquele momento estava a sentir e a escrever.

Love and
Peace for all

Diria o ego meu

It´s true.

There is no hapiness without you.

I know. I need your love.

It´s everything.

O tempo passa

O tempo passa, passa
E como num piscar de olhos

Lá se vão os dias, as horas
Os meses, os anos...

Inacreditavelmente
Já se foram tantos anos

Ontem...

Aconteceu ainda há pouco
Olhe, ainda estou ali!

Terna, meiga, como sempre
A lhe esperar por seus olhos

Hoje...

Tempo não existe
Por isso permaneço

Só minh'alma sou
No refúgio secreto

De seu coração
Permaneço.