Minha tia... tia Maria

Tia Maria.. 

Tia querida.. 

Quão bondosa era.. 

Quanta luz havia nela!.. 

Que saudades ficaram dela!.. 

Mas no tempo que nos faz imortal.. 

Assim se faz ela.. 

Viva e imortal em nossos corações.. 

E lá permanece, sempre e eternamente.. 

Na beleza das recordações..  

Que guardamos com muito amor 

E honra em nossos corações.. 

Canção da alma

Assim me expresso a ti

Com a ternura infinita

Do meu coração

Mas quem é que disse

Que tu entendes

O tom da minha canção?

Diz o escritor:

Existem bênçãos que entram

Estilhaçando vidraças

E nesse momento

És tu que estilhaças

As vidraças do meu coração!

Tão forte a canção

Que me vai n’alma

Apenas para casa queria voltar...

E assim esperava sua mão alcançar

Mas há caminhos feito apenas para os fortes...

Sem meio termo.

Oásis

Assim tu fostes

O meu oásis

E por alguns minutos

Pude saciar a minha sede...

De amor

Pois no deserto árido

De minha alma

Eu caminhava

Que bem aventurança

Foi ter você em meus olhos

Foi eu me ter em seus braços

Mas como as miragens...

Que logo se esvaem ao léu

Assim você também

Está a desaparecer do meu céu

Que amargo desgosto

Encontrar-me às portas do paraíso

E ante a alegria de ver teu sorriso

Quanta dor agora carrego comigo

Pois é assim

Que me fechas as portas...

De teu coração!

É assim que segues sem mim...

É assim que findas seu amor por mim...

A verdade revelada

Agora tens

A verdade revelada

Tal minh’alma nua

Tal seu coração puro

Palavras são falhas

Mas é na linguagem do coração

Que os verdadeiros

Sentimentos se revelam

É assim que

Nossas almas se admiram

Nossos corações se tocam

Nossos corpos conversam

Em profundidades do além véu

É assim que te sinto meu...

É assim que me tens tua...

Agora tens a verdade!

Terras de M

Pelas terras de M. andei
Pero no te encontrei
Mas quão exaltado ficou
Meu coração
Por ter andado
Ante os passos teus!
Respirando o ar que respirastes
Caminhando por entre arbustos
Que outrora também caminhastes
Que alegria
Ter um pouco de ti
Mesmo que este pouco
Seja tão pouco a quase nada
Eres tú
Motivo em alegrar-me
Eis os mistérios do teu existir
De sua inebriante presença
Em vita mia

(manuscrito de 12.04.2017)

Where is you?

Where is you?
Please
I call you
Please
Where is you?
Sorry
I know
I'm lost
A lot of time
But, please
I call you
I call your name
Where is you?
I need you
With all force
Of my soul
Come back
Come back
For my life
Only you
Give me
A reason
To respire...

(manuscrito de 12/04/2017)

Eu, o amor e o vento

Eis-me
Eu - tão somente - Eu
Em semblante sereno
A contemplar no horizonte
As curvas de teu amor

Que não está
Nem aqui, nem ali
Está... em algum lugar?
Tolice
Amores simplesmente nunca estão!

Ora, o amor sempre é!

Assim como o vento
Pode parecer estar:
Bravo, arredio, selvagem
Em essência vento
Sempre é vento!

E o amor sempre é amor!
A revestir minh'alma nua!

(manuscrito de nov. 2014)

Abraço de urso

Cadê você
Pequeno urso...
Que de pequeno não tem nada

Tem sim
O coração
Maior que o mundo! (tal é o coração de Raimundo)

Cadê você
Pequeno urso..
Que de grande tem quase tudo

Estás escondido no futuro?

Pois lá te encontrarei
E a ti me entregarei

Eis que nos teus braços
Logo estarei!

Cheiro de morte

É assim
O seu amor tem cheiro de morte... ( e não as flores de Titãs)

Morte da essência de minha alma
Morte dos sonhos que sonhei e ainda sonho
Morte da simples vontade de viver

De que me valem os dias
Se de amor já não posso viver
Se apenas dor posso ter

De que adianta o ar
Que me entra corpo adentro
Se tão vazia me sinto por dentro

De ti o que posso querer
Nada
Nem razão para meu viver

Tão grande é o estrago
Que causa no tempo
No tempo do meu viver

Então,
Eis que me pergunto
Para que viver?

Para que me ter...
Para que me deter em sua vida...

Logo, o vento passa
E eis que viro fumaça
Até que para bem longe de ti me desfaça

E ante o novo horizonte
Me refaça
À medida que eu renasça

Mais uma vez...