E assim caminhava pra ele.
Nua completamente despida,
Não apenas de verbos materiais,
Mas de toda e qualquer coisa
Que estivesse fora de seu espírito.
Era livre, era amor, era luz.
Tal era a visão que ele tinha dela.
Sobre a copa das árvores
Deslizava rumo ao horizonte,
Ao encontro de seu doce amado
Testemunhas? Apenas a relva,
O luar, e os pássaros perdidos,
A caminho de casa.
Foi, então, que ao longe
Ela avistou uma pequena luz,
Aos poucos tão esplendorosa ficou
Que já não se podia olhar mais pra ela.
Tão forte intensa e profunda
Consumia sua alma,
Seu coração, seu ser.
E tal qual surgem os sóis,
Os planetas e as estrelas,
Assim surgiu naquele
Instante o amor.
Tal foi a sua intensidade
Que aquela explosão,
Foi avistada até
Os confins do universo.
Eis o nascimento da nossa estrela,
Que agora era uma só.
Não havia mais eu e você,
Havia apenas nós.
Um não fazia sentido
Sem o outro, éramos um,
Pra sempre.
Juntos até os mares do sem fim,
Para onde, talvez, houvesse um lugar
Só nosso, a espera de nossa chegada.
Lugar este,
Lindo, belo e encantado,
Que cabia na medida exata
Do nosso amor.
Enfim,
Um lugar especial...
Enfim,
De volta pra casa
Enfim,
De volta ao nosso lar-doce-lar.